Correr com prazer, a ciência comprova
Saiba por que quem pratica diz que não consegue ficar sem o desporto
O primeiro efeito é o orgulho de si mesmo, por vencer um desafio, e conseguir realizar uma actividade que poucas pessoas conseguem.
Mas o bem-estar trazido pela prática da corrida não pára no aumento da auto-estima. Tem reacção química envolvida no processo, pode acreditar.
Aquele sentimento de euforia, relatado por alguns corredores que acabaram de finalizar o treino, é um dos sinais mais evidentes de que há alguma mudança química no cérebro de quem faz actividades aeróbias.
A sensação tem até nome, dado pelos atletas americanos: runner´s high (algo como prazer de corredor).
Ela surge graças ao aumento da descarga de endorfina no sangue. Trata-se de um neurotransmissor naturalmente produzido pelo cérebro e libertado em situações de stress, pra nos acalmar. Exames de tomografia comprovaram o que qualquer pessoa que já experimentou um pique mais forte é capaz de atestar. Mesmo depois do treino, as endorfinas permanecem agindo no sistema límbico e no lobo pré-frontal, áreas responsáveis pelo prazer e pelas emoções.
Actualmente, os especialistas dedicam-se a descobrir a actuação de outra substância, a anandamida. Enquanto a endorfina seria responsável pelo sentimento de euforia, a anandamida relaxaria o atleta, produzindo um efeito mais longo, capaz de durar várias horas após o exercício.
Tendo isso em vista, fica fácil compreender a irritação que assola os alunos quando são privados de praticar o seu desporto.
Acostumados à prática diária de actividades físicas saudáveis, eles podem apresentar quadros de ansiedade e até depressão.
Autoria: 3Fitness
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