Muito utilizadas, as abóboras constituem uma boa fonte de betacaroteno, que o organismo converte em vitamina A. As abóboras, nas suas inúmeras variedades, podem desempenhar um papel especialmente importante numa dieta vegetariana em que não entrem produtos de origem animal que forneçam aquela vitamina.

O betacaroteno é também um antioxidante que ajuda a evitar os efeitos dos radicais livres, que podem dar origem a certos tipos de cancro. Outro antioxidante que se encontra em quantidades razoáveis nas abóboras é a vitamina E.

As abóboras são facilmente digeríveis e raramente provocam alergias, pelo que constituem um excelente alimento para as crianças na transição entre a amamentação e a alimentação sólida. As sementes também devem ser aproveitadas, pois são uma fonte excelente de ferro e fósforo e ricas em potássio, magnésio e zinco.

Na medicina natural, as sementes de abóbora (pevides) são receitadas para tratar parasitas intestinais, devendo então ser tomadas com um purgante, como o óleo de rícino. Também podem ser indicadas em casos de problemas da próstata e urinários.

Do ponto de vista da nutrição, são poucas as vantagens da abóbora-porqueira, visto ser constituída por 95% de água e apenas quantidades vestigiais de vitaminas, fibra e nutrientes. Contudo, este legume pode ser um bom elemento numa dieta de emagrecimento, já que uma dose média de 100 g da sua polpa verde-clara contém menos de 10 calorias.

Ao contrário das abóboras vulgares e da abóbora-menina, de polpa cor de laranja, que fazem parte da mesma família, a polpa da abóbora-porqueira contém uma quantidade muito reduzida de betacaroteno, embora a casca, que pode ser consumida se não for muito dura, contenha mais do que a polpa. As pevides de abóbora são usadas há séculos pela medicina popular como diurético e no tratamento contra ténias, quando tomadas com um purgante.