Calorias negativas
Pouca gente conhece são os alimentos com as chamadas calorias negativas. É isso mesmo: com eles, emagrece a comer.
Isso porque a digestão desses alimentos queima mais energia do que a contida neles, propriamente.
Essa situação também é conhecida por efeito térmico do alimento ou termogénese. Geralmente, os legumes podem ser enquadrados na categoria de alimentos com calorias negativas
Como funciona o raciocínio ?
1. A quantidade de calorias consumida na digestão é, realmente, alta?
Esse gasto calórico varia conforme o tipo de dieta. Por exemplo, a proteína gasta mais energia (cerca de 25% do total energético ) para ser digerida que os carbohidratos e a gordura (cerca de 4%). Quanto mais difícil a digestão, maior o consumo energético. O gasto calórico vai variar conforme o Gasto Energético Basal Gasto Energético Total (gasto de energia diário com o metabolismo) de cada indivíduo, que representa de 5 a 15% do GET.
2. Qual a diferença entre um alimento com calorias negativas e um com zero calorias?
Um alimento com calorias negativas é aquele que possui menos calorias do que ele gasta para ser digerido. É o caso do limão, tangerina, melancia, ameixa, brócolos, espargo, repolho, pepino, cebola, salsa, abóbora, beringela, couve-flor, nabo e pimenta vermelha. Um alimento zero calorias é aquele que não possu nenhum nutriente e que até pode causar doenças caso seja consumido em excesso, como os refrigerantes diet.
3. Alimentos de fácil digestão, como carbohidratos simples, têm calorias negativas?
Isso vai depender do gasto energético total de cada indivíduo e do tipo de carbohidratos (simples: açúcares e amidos ou composto: fibras). Se o gasto energético for alto, ele poderá aproveitar melhor o alimento sem armazená-lo, mas de modo geral, os carbohidratos simples e as gorduras possuem menor gasto calórico.
4. O trabalho da digestão tem como resposta uma fome mais intensa?
Sim, quanto mais rápida a digestão e o esvaziamento gástrico, menor o tempo de saciedade, o que caracteriza apetite mais intenso e, principalmente, por carbohidratos.
5. As calorias usadas na digestão variam de acordo com o organismo? Ou a média é bem próxima da realidade?
Sim, variam conforme o indivíduo. Cada pessoa tem um ritmo de vida que determina seu metabolismo e isso influenciará directamente no efeito térmico dos alimentos.
6. Ou é o contrário, as calorias ficam tanto mais negativas quanto mais difícil for a digestão?
Baixo valor calórico e alto teor de fibras são dois determinantes para classificar o alimento como negativo quanto ao efeito térmico no processo de digestão. Quanto mais fibra, mais difícil a digestão e mais energia consumida.
7. Em geral, legumes e frutas recebem o selo de "calorias negativas". Em que medida, pensando exclusivamente nas calorias, eles devem estar presentes na dieta?
São alimentos que possuem alto teor de fibras insolúveis e, para o bom funcionamento do intestino e manutenção do peso corporal, devem estar presentes diariamente, pelo menos uma vez ao dia na dieta.
8. É possível emagrecer pensando somente nas calorias negativas?
Existe uma dieta baseada no conceito de "Calorias Negativas", com bom resultado quando o objectivo é perder peso. Mas ela deve ser bem orientada para não gerar deficiência de alguns nutrientes, afectando o equilíbrio do organismo.
9. É possível montar uma equação em que essas calorias negativas são subtraídas da quantidade de energia consumida no dia?
Para isso é necessário calcular o Gasto Energético Basal, Repouso e Total do individuo e analisar toda a dieta.
10. É possível associar calorias negativas e índice glicémico? Se sim, de que forma?
Sim, quanto maior o índice glicémico, menor o gasto de energia para digestão, ou seja, a caloria não é negativa.
Fonte: 3Fitness
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