Equinácea
À prova de vírus
A Equinacea purpurea é originária das pradarias quentes da América do Norte, e uma das plantas mais usadas em todo o mundo para fins medicinais. Os índios americanos foram os primeiros a utilizá-la, tornando-se conhecida dos botânicos europeus em 1690.
Actualmente é cultivada na Europa exclusivamente com esse propósito. Trata-se de uma planta herbácea, que se distingue pela cor púrpura e pelas suas pétalas em tons cor-de-rosa, sendo a sua colheita habitual na Primavera e no Outono.
A parte mais utilizada da planta é a raiz, apesar de alguns investigadores defenderem a utilização de toda a planta. Da sua vasta composição distinguem-se várias substâncias activas como polisacáridos, flavonóides e óleos essenciais, que lhe conferem capacidades anti-virais e estimulantes do sistema imunitário.
Destituída de toxicidade e sem efeitos secundários, o seu extracto tornou-se indicado na profilaxia e tratamento complementar de infecções respiratórias, gripes e resfriados. Entre outras das suas importantes características, destaca-se a capacidade anti-inflamatória, uma vez que ajuda a impedir a progressão das infecções, através da inibição da enzima hialuronidase, produzida por diversas bactérias.
Aplicações terapêuticas
Constipações e gripes – A equinácea é extremamente eficaz no início da constipação, impedindo a completa instalação do vírus e estimulando a produção celular de um anti-viral natural designado interferon. Se for usada já depois do aparecimento de todos os sintomas perde alguma eficácia.
Infecções uterinas – A equinácea corrige facilmente uma displasia até ao estádio 3. Quando entra em contacto com as células doentes, estas tendem a regressar rapidamente ao normal, desde que o tratamento seja consistente e rigoroso.
Estreptococos da garganta – O contacto directo com o tecido da garganta, através de uma tintura de equinácea pode ser remédio santo para infecções, irritações ou inchaços na garganta. Em muitos casos a cura dá-se em apenas 24 horas; bastam 30 gotas e deixar escorrer lentamente pela área afectada.
Ferimentos externos e úlceras varicosas – Devido à sua capacidade de regenerar os tecidos, a aplicação externa de equinácea revela ser eficaz nestes casos, exercendo um efeito anti-inflamatório, anti-bacteriano e de normalização das células. Pode ser também utilizado na acne juvenil e herpes labial.
Picadas e mordeduras venenosas – Quando aplicada em picadas e mordeduras venenosas, desde abelhas a escorpiões, a equinácea regenera e desinfecta os tecidos.
Infecções do sangue (bacteremia) – Alguns especialistas em fitoterapia defendem a sua capacidade para estimular o número de glóbulos brancos do sangue e combater este tipo de infecções.
Em conjunto com outras plantas (Sabal serrulata, Pygeum africanum, Solidago virga-aurea) é útil no tratamento de casos de hipertrofia da próstata e prostatites.
Contra-indicações
A equinácea está contra-indicada em doenças auto-imunes, como o lúpus eritematoso e a artrite reumatóide, já que a sua acção imunoestimulante pode exacerbar os sintomas desta afecções.
Fonte: saude.sapo.pt
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